tenho morado aqui
nessa estável calmaria
de angústias tão antigas
de sufoco, de alegria.
já é tanto
e tanto faz,
faz pouco do pranto,
da falta que faz
dos poemas de amor,
dos gritos de dor
que ficaram pra trás.
só resta caminhar
no oco, sem chão
no vazio do coração
cansado de desandar.
já não há culpa,nem medo;
somente o sono e o sossego
do infinito de amar.
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