Eu voaria tão alto, não voltaria jamais;
É como aquela roupa que eu comprei e tranquei sem usar, como aquela garrafa cheia de uma bebida perdida que na primeira e única vez fez com que eu perdesse toda minha noite vendo tudo girar, cuspindo as dores num vaso; depois de quase nada, já não me servem mais.
Eu faria um filme sobre as fases da lua.
É como todas aquelas paixões com cara de amor, que eu senti durante dias que pareciam anos e que hoje não me parecem ter sido mais que simples horas de tédio e clichê, mas que mesmo assim eu espero por outras, novas, como se elas não fossem se tornar também simples horas de tédio e clichê.
Eu trocaria todas as estações do ano pelo inverno.
É como aquele friozinho na barriga que eu sentia quando eles surgiam na minha frente; como aquela necessidade de ficar embaixo de um cobertor, cobertor de pano, cobertor humano trazendo um calor por todo o corpo que verão nenhum pode me dar; como ver a beleza da chuva caindo e abraçar com a desculpa do medo de trovão.
Eu transformaria todo amargo em doce.
É como fingir depressão pra comer uma panela de brigadeiro e tomar um pote de sorvete sem culpa; é como mascar chiclete na aula de matemática; como comer até explodir em festa chata de família; é como brigar com o pai e receber em seguida o conforto da mãe; é como chorar e ouvir uma piada sem graça de um amigo pra animar.
Eu transformaria esse quarto numa “fábrica” de borboletas; borboletas coloridas, borboletas amigas, borboletas no estômago.
É como aquele futuro que eu planejo todos os dias com a presença de todo amor que eu sinto e de todo amado que sente comigo, pra mim e por mim.
quarta-feira, 19 de março de 2008
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2 comentários:
eu juro que quando você tá chorando eu seleciono as melhores piadas pra você rir.
♥
p.s. vem aqui fazer tortelete?
Blog interessante. Achei que você escreve bem! : )
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