quarta-feira, 19 de março de 2008

Eu voaria tão alto, não voltaria jamais;
É como aquela roupa que eu comprei e tranquei sem usar, como aquela garrafa cheia de uma bebida perdida que na primeira e única vez fez com que eu perdesse toda minha noite vendo tudo girar, cuspindo as dores num vaso; depois de quase nada, já não me servem mais.
Eu faria um filme sobre as fases da lua.
É como todas aquelas paixões com cara de amor, que eu senti durante dias que pareciam anos e que hoje não me parecem ter sido mais que simples horas de tédio e clichê, mas que mesmo assim eu espero por outras, novas, como se elas não fossem se tornar também simples horas de tédio e clichê.
Eu trocaria todas as estações do ano pelo inverno.
É como aquele friozinho na barriga que eu sentia quando eles surgiam na minha frente; como aquela necessidade de ficar embaixo de um cobertor, cobertor de pano, cobertor humano trazendo um calor por todo o corpo que verão nenhum pode me dar; como ver a beleza da chuva caindo e abraçar com a desculpa do medo de trovão.
Eu transformaria todo amargo em doce.
É como fingir depressão pra comer uma panela de brigadeiro e tomar um pote de sorvete sem culpa; é como mascar chiclete na aula de matemática; como comer até explodir em festa chata de família; é como brigar com o pai e receber em seguida o conforto da mãe; é como chorar e ouvir uma piada sem graça de um amigo pra animar.
Eu transformaria esse quarto numa “fábrica” de borboletas; borboletas coloridas, borboletas amigas, borboletas no estômago.
É como aquele futuro que eu planejo todos os dias com a presença de todo amor que eu sinto e de todo amado que sente comigo, pra mim e por mim.

2 comentários:

Nat disse...

eu juro que quando você tá chorando eu seleciono as melhores piadas pra você rir.








p.s. vem aqui fazer tortelete?

Velhos Açucarados! disse...

Blog interessante. Achei que você escreve bem! : )