sexta-feira, 9 de maio de 2008

sangue

As vozes e as risadas pela casa, a cantoria que me impedia de dormir e o medo que a voz grave provocava;
Eu tenho sentido a ausência da doçura de sermos juntos um só e de como eram previsíveis nossas reações.
Tive medo de temer o que se tornou meu medo maior, que tudo seja esquecido e enterrado como as mágoas que eu me esforcei pra não guardar.
Me pego procurando a sensação de ouvir a firmeza das pegadas no chão;
Recordo-me de todos aqueles domingos que tentavam fazer explodir todo o amor guardado que o gosto amargo do tempo intimidou.
Eu derramaria todas as lágrimas outra vez, eu diria mais, eu abriria mão de mim pra ter aqueles domingos de volta, pra sentir aquele medo outra vez.
Era aquele clima, era aquela cor, aquelas pessoas, aquelas vozes, o seu sono da tarde, a confiança nos traços que o tempo te deu, era a sintonia de amores incondicionais que por tão poucas vezes mostraram seus rostos.
Eu não consigo tirar do dedo a aliança da cumplicidade que eu aprendi, do amor que se escondeu.
Por mais que eu tente me enganar, por mais que você finja que a falta não dói, é daquelas paredes que eu preciso pra não sentir frio.
Eu amo a ponto de sentir dor, dor maior que toda aquela que eu senti durante o nosso tempo.

Um comentário:

Nat disse...

ô meu amor,fique não assim... que o amor,mesmo que longe,machucando ou não,sempre permanece. mesmo que escondido,mesmo que escondido numa voz grave,num medo. e qualquer coisa,você tem a segunda família,tá?! mesmo só te levando pra torrar no sol,ou torrar o saco. a gente te ama. muito ♥