Eu voaria tão alto, não voltaria jamais;
É como aquela roupa que eu comprei e tranquei sem usar, como aquela garrafa cheia de uma bebida perdida que na primeira e única vez fez com que eu perdesse toda minha noite vendo tudo girar, cuspindo as dores num vaso; depois de quase nada, já não me servem mais.
Eu faria um filme sobre as fases da lua.
É como todas aquelas paixões com cara de amor, que eu senti durante dias que pareciam anos e que hoje não me parecem ter sido mais que simples horas de tédio e clichê, mas que mesmo assim eu espero por outras, novas, como se elas não fossem se tornar também simples horas de tédio e clichê.
Eu trocaria todas as estações do ano pelo inverno.
É como aquele friozinho na barriga que eu sentia quando eles surgiam na minha frente; como aquela necessidade de ficar embaixo de um cobertor, cobertor de pano, cobertor humano trazendo um calor por todo o corpo que verão nenhum pode me dar; como ver a beleza da chuva caindo e abraçar com a desculpa do medo de trovão.
Eu transformaria todo amargo em doce.
É como fingir depressão pra comer uma panela de brigadeiro e tomar um pote de sorvete sem culpa; é como mascar chiclete na aula de matemática; como comer até explodir em festa chata de família; é como brigar com o pai e receber em seguida o conforto da mãe; é como chorar e ouvir uma piada sem graça de um amigo pra animar.
Eu transformaria esse quarto numa “fábrica” de borboletas; borboletas coloridas, borboletas amigas, borboletas no estômago.
É como aquele futuro que eu planejo todos os dias com a presença de todo amor que eu sinto e de todo amado que sente comigo, pra mim e por mim.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Quando eu olho no espelho vejo o reflexo de tudo aquilo que tem mudado constantemente, sem que eu tenha tempo de descobrir como eu realmente me sinto.
Eu sou sim feliz, principalmente nas 12 horas (de preferência) do meu dia em que eu sonho sem pausa; é aí que eu fujo das outras 12 horas de revezamento entre os sonhos e os pesadelos com os rostos mais imundos que só de pensar me embrulham o estômago.
Eu sou mesmo tudo aquilo que ninguém espera dos meus verbos.
Ao invés de tristezas, eu trago alegrias guardadas que só quem vale o bastante pode perceber.
quarta-feira, 5 de março de 2008

Eu acredito nos anjos; acredito cegamente que todos nós temos anjos pra guiar nossos passos, e como diz seu próprio nome, pra nos guardar.
Eu nunca tive muita certeza, até o dia em que eu me deparei com ele, na minha frente, meu anjo da guarda; sim, ele tem cabelo loirinho e olhos azuis, ele tem asas de verdade e sabe voar perfeitamente, eu vi, eu pude voar junto e ver como tudo é mais bonito da altura que ele vê.
Ele me cuida, ele se esforça pra que eu possa sorrir todos os dias, exatamente todos os dias, ele acredita em mim, ele me guia e me mostra que o mundo não é tão difícil assim. E é comum que as pessoas desacreditem; eu tentei fechar meus olhos no início, eu não pude perceber, mas foi como uma luz, eu diria divino... eu pude entender que era tudo doçura, sempre doçura e não há mal que possa cegar por muito tempo.
Eu acredito, acredito cada vez mais no poder que ele tem.
E eu sei que foi Deus quem mandou pra mim, pra que ele pudesse curar todas as minhas dores, pra que seu sorriso tivesse a resposta pra tudo e pra que eu pudesse confiar nos seus olhos, aqueles olhos de criança.
Agora eu posso crer na pureza dos sentimentos, eu posso acreditar sem medo, por que há muito eu não me importo com o que todo o resto pode dizer sobre isso; por que é meu anjo, meu anjo da guarda e agora que ele está aqui, eu nunca mais vou ser sozinha.
Como se chama o seu anjo da guarda? O meu se chama Natália.
sábado, 1 de março de 2008
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Foi inútil cada segundo pensando.
Agora além de não precisar disso, eu não quero mais.
Sinta-se convidado a se retirar.