sexta-feira, 12 de setembro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
Things I'll Never Say
Posso mesmo parecer desesperada, mas eu não sei de que outra forma me descreveria agora.
Eu lembro aquelas palavras, aqueles pedidos, aqueles olhares, aqueles cheiros e tudo parece que ficou tão pra trás; parece que não é você, parece que não somos nós... Nós... era tão mágico, tão nosso, tão real e hoje não passa de educação.
E se em um ou outro dia eu tivesse feito diferente? O erro foi meu? Existiu erro? Existiu amor?
Eu me pergunto cada segundo a que horas eu acordo desse pesadelo; eu me pergunto se só eu me sinto assim...
Onde esta você agora? Pra onde você se levou?
Eu sinto falta, sinto falta de você, do seu abraço quente e daquele seu amor que superava qualquer obstáculo.
Se eu merecer tanta dor, me diz por que... dói tanto e destrói toda a pouca vontade que eu tinha pra todas as coisas da vida.
Eu te deixo só e respeito cada segundo, mesmo que isso me leve a alma, que me tire o ar, mesmo que eu perca o que eu achava que era a minha história até o fim da vida.
E todo aquele amor platônico que eu criei, que te fez sofrer, onde está? É um amor que não existe e que só agora eu percebi o quanto era pequena aquela vontade, o quanto ela sumiu de mim e só a sua falta pra me fazer perceber.
Eu te deixo, pode ir e levar junto todos os meus planos, os meus desejos e só assim eu percebo o que realmente é ser vazia.
Não me arrependo de nenhum perdão, de nenhum chance nova, perdoaria quantas vezes preciso, daria chances sem fim; sou, sou mesmo uma louca, desesperada.
E eu te prometi a minha vida, essa que você jogou fora com a simplicidade de qualquer coisa mínima que se coloque numa lata de lixo, jogou fora, pisou e fez pouco dela, mas ainda assim ela está em suas mãos.
Não apelo, até por que não quero que você leia, escrevo por que se não desabafar eu explodo. E se ler, sei que será como nada, pois sua anestesia é maior que qualquer amor.
Não leia, não se importe, ignore, só assim a dor não me mata aos poucos, isso passa mais rápido e posso dormir em paz.
Não espere ligações, não espere palavras doces, isso eu guardei pra o dia em que o amor voltar, o amor que você tirou de mim, ou até de você mesmo com a mesma naturalidade que se troca uma roupa.
Sabe a sensação de já não ter motivos pra seguir em frente? Dramática eu diria, incrivelmente dramática, mas é assim que eu me sinto e vou sentir até o dia que a dor vá embora sozinha ou que você a faça ir.
Amo sim, não negaria jamais, amo acima de todas as vontades, desejos e sentimentos, amo as vezes que você ficou me olhando dormir, as vezes que você me fez cócegas, as vezes que você me escreveu, que fez birra pra chamar a minha atenção, amo você respirando no meu ouvido e me segurando forte pro meu prazer; é desse homem, menino que eu falo, não da pedra de gelo que colocaram em seu lugar e eu quebraria esse gelo se me deixasse, se tivesse vontade de ser feliz com meu perfume e com as coisas simples que juntos criávamos o mundo.
E se for pra eu te perder de vez, com aquela madrugada de despedida inconsciente, adeus homem da minha vida, adeus quem eu acreditei que me amaria como mais ninguém; e o que restar de mim já não importa, já não importa por que você não vai estar aqui pra me cuidar, e se eu secar e virar pó, mais fácil pra o maldito amor ter menos um pra destruir.
Eu te desejaria felicidade sem mim se eu pudesse esconder que você é tudo que importa pra mim e que eu queria que você morresse se fosse pra se entregar pra outra pessoa.
Eu vou ficar aqui, vou respeitar seu tempo mesmo que seja infinito, mas ainda assim,
Eu te amo com toda minha alma, amo acima de todas as coisas, de um jeito que eu sei que não vou conseguir amar mais ninguém.
Xu :~
terça-feira, 12 de agosto de 2008
você pra mim como mais ninguém
Eu sabia desde sempre que seria assim, você pra mim como mais ninguém.
Mesmo que eu não tocasse os seus lábios e que eu não juntasse os meus pés aos seus na nossa cama quente, eu sabia que enfim eu teria o abraço.
É lindo ver o mundo nos seus olhos com esse brilho de astro rei que me queima por dentro com um amor sem fim.
Eu deixo que me tome de corpo inteiro, pois a alma já levou junto com os beijos tão seus que sempre foram seus mesmo que eu não pudesse prever; então me tome, me leve embora e me alimente dessa sensação de perder a noção e me perder com você.
Se eu não tivesse você, já não seria contente, eu me veria ausente das nossas nuvens de cor, dos nossos planos de amor, por que só isso eu sei ser.
Me leva pra o seu teto, me cobre com seu tato, me fala do seu afeto, enquanto esse amor é fato.
Só a saudade me mata, quando você se afasta, e já seria assim, eu já te tinha em mim com olhos de esperança; já posso ver a lembrança de você meu presente no futuro da gente no nosso mundo de céu, um coração de papel pra me guardar pra você.
Eu te escrevo na pele pra que esse amor te revele que entre as fases da lua ainda assim eu sou tua por que seria assim, você pra mim como mais ninguém.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
de um sorriso sem fim,
a sua cor de estrelas
se espalha dentro de mim.
nos seus olhos perdidos
os sentimentos contidos.
eu tento não esquecer
o que me enche de morte
e nos meus lábios a sorte
de ter vivido em você.
aqueles versos cantados,
aqueles dias errados,
aqueles beijos negados
entre os seus dedos perder
aquele amor tão tristonho,
aquele gosto de sonho
que me afastou de você.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
pelo calor de emoções
mergulhar nessas cantigas
no fervor dessas paixões
nessa vida desprovida
de carinhos, corações.
me encontro de partida
para novas ilusões.
depois de pisar no céu
já conjuguei, ja soube amar
entre tantos lábios com mel
perder o chão por me entregar
nas mãos mornas desse desejo
com corpo, com alma
nesses quartos em que me vejo
so a tristeza me acalma.
olhos fechados,
escuridão
com corpos dados,
entre o silêncio
a força da respiração;
finjo ter
a cura daquelas mortes
que ainda matam
todas as noites
cada parte do meu ser.
me despedaço
de sorriso fácil
fujo pra outro abraço
sem perceber
que sou tão pouco
que sou tão oco
sem um você.
sábado, 28 de junho de 2008
A serenidade de um beijo tão quente que me aquece a alma.
Nos dias em que eu te vejo, eu me vejo em você;
na doçura dos teus versos, na proteção das tuas mãos.
Eu tenho dedicado minhas horas ao teu sorriso
e à biografia do teu sentimento, onde eu mergulho todos os meus planos.
Busquei palavras, busquei carinhos, mas só em ti eu posso explicar,
e seria mais se eu já não sentisse tanto a ponto de doer.
Quando eu disser não, é um sim, sempre um sim,
um sim guardado, que se esconde nas circunstâncias
que me apresentam o medo de não enxergar você.
Já não posso crer na nossa despedida que me tomaria o ar;
eu não perderia esse verbo, me perderia na dor.
Clarear com teu abraço, e o sol na pele do teu rosto,
posso voar sem asas, faria de você o meu lar.
Esqueço o mundo com a certeza
de que nada disso faria sentido sem você aqui.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
sábado, 31 de maio de 2008
você que tanto arde
por favor não me mata,
reduz essa falta.
me deixa aqui
sem ele, sem mim.
me esquece,
me deixa viver,
não me acorda,
não recorda,
não ilude assim.
continua sem mim,
mas me deixa esquecer.
você saudade,
você que me invade
me deixa tao só,
desata esse nó
e me deixa dormir;
tanto eu tento ser feliz,
você me deixa por um triz
e eu ja não posso sorrir.
eu tenho andado descontente,
eu tenho andado tão carente,
a culpa é sua
que me deixa descrente,
me larga aqui de alma nua.
por favor vai embora,
por favor não devora
o que sobrou do coração;
tira de mim a ilusão
que eu so consigo com você.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
eu tenho cantado
canções de despedida,
mas não encontro saída
nesse escuro desalmado,
nesse seu corpo desejado,
nessa lembrança admitida;
em meio a tanta recaída
eu só me vejo em você.
criando formas de afeto,
a sua pele tão perto
só assim sei viver.
de tanto amor
me vejo perder
pra o seu desamor
que me deixa sem rumo,
me desprende de tudo
que não seja você.
quinta-feira, 22 de maio de 2008

Como tudo que eu usei,
como tudo que eu deixei
durante o caminho,
vou largando o seu carinho
que sozinha eu me dei.
Talvez eu me cure assim,
talvez eu me perca de mim
como as fotos que eu rasguei
e a mão que eu segurei
pra manter você aqui.
Tão pior que te perder
é deixar você aqui,
separar você de mim
sem você pra me deter.
Não me lembro do teu nome,
do teu sabor,
da tua cor;
Eu prometo não ceder.
E de todo aquele amor
eu meu encarrego de esquecer.
Eu joguei fora a esperança
e o coração que não se cansa
de bombear o meu querer.
Eu te guardei,
eu te beijei,
eu disse, eu disse
e disso também
não vou lembrar.
Não vou contar pra ninguém,
não vou guardar.
Obedecendo a crueldade,
abandonando a realidade,
tão triste assim,
por você e por mim
hoje eu vou te deixar.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
sangue
As vozes e as risadas pela casa, a cantoria que me impedia de dormir e o medo que a voz grave provocava;
Eu tenho sentido a ausência da doçura de sermos juntos um só e de como eram previsíveis nossas reações.
Tive medo de temer o que se tornou meu medo maior, que tudo seja esquecido e enterrado como as mágoas que eu me esforcei pra não guardar.
Me pego procurando a sensação de ouvir a firmeza das pegadas no chão;
Recordo-me de todos aqueles domingos que tentavam fazer explodir todo o amor guardado que o gosto amargo do tempo intimidou.
Eu derramaria todas as lágrimas outra vez, eu diria mais, eu abriria mão de mim pra ter aqueles domingos de volta, pra sentir aquele medo outra vez.
Era aquele clima, era aquela cor, aquelas pessoas, aquelas vozes, o seu sono da tarde, a confiança nos traços que o tempo te deu, era a sintonia de amores incondicionais que por tão poucas vezes mostraram seus rostos.
Eu não consigo tirar do dedo a aliança da cumplicidade que eu aprendi, do amor que se escondeu.
Por mais que eu tente me enganar, por mais que você finja que a falta não dói, é daquelas paredes que eu preciso pra não sentir frio.
Eu amo a ponto de sentir dor, dor maior que toda aquela que eu senti durante o nosso tempo.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Eu me perdi nesse gosto que de tão doce me amargou.
Fere-me a pele essa vontade de entrelaçar as nossas pernas e atar o laço que desatou.
Eu tenho tentado sentir tão pouco e sinto tanto que me adormece o amor.
De tanto fugir, acabo encontrando sempre com o que me custa acreditar.
Eu desejo não saber que o que eu mais desejo é entregar em suas mãos tudo que veio ao mundo pra você.
Eu quis sentir seu gosto, eu quis morar no seu corpo e te pedir pra que nunca me deixasse aqui; eu quis ir com você como você sempre vai comigo mesmo quando eu só preciso que eu não precise de você.
Pude despertar com o peso das suas mãos sobre cada centímetro que você arrancou com os dentes pra me deixar tão vazia quanto os planos que fiz.
Eu me recuso a acreditar que eu não quero tanto que você desapareça feito mágica como eu quero você com magia.
Eu que não amo você.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
falta
Eu conheço essa falta
que cresce e maltrata,
descreve, retrata
o eco do vazio;
vazio que consome,
vazio que tem nome,
me toma sem dó,
me reduz a pó
e na garganta esse nó
não me deixa gritar.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
matematicamente só por horas
não se trata do pra sempre, nem de coração que acelera e mãos que tremem, falo de corpo inteiro.
eu quero por horas, fico querendo durante minutos, quase uma hora, ou segundos, mas só quero por horas, dias se possível, mas não quero tanto como quero por horas.
muito mais que ser devorada, devorar, por etapas, numerado, calculado, toda a matéria ao pé da letra.
nunca foi tão delicioso o sabor da amargura que não é minha, como não é meu o meu querer.
misturar nossas cores, salivas, segredos e a sensação de perigo que seus tons me trazem.
não censuro as suas frases, não censuro as suas fases, não censuro os meus olhos que decoram matematicamente a sua boca.
só por horas eu vou te cantar canções de amor;
você quer que seja, eu quero que seja o nosso segredo.
sua, meu, mas só por horas.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Eu voaria tão alto, não voltaria jamais;
É como aquela roupa que eu comprei e tranquei sem usar, como aquela garrafa cheia de uma bebida perdida que na primeira e única vez fez com que eu perdesse toda minha noite vendo tudo girar, cuspindo as dores num vaso; depois de quase nada, já não me servem mais.
Eu faria um filme sobre as fases da lua.
É como todas aquelas paixões com cara de amor, que eu senti durante dias que pareciam anos e que hoje não me parecem ter sido mais que simples horas de tédio e clichê, mas que mesmo assim eu espero por outras, novas, como se elas não fossem se tornar também simples horas de tédio e clichê.
Eu trocaria todas as estações do ano pelo inverno.
É como aquele friozinho na barriga que eu sentia quando eles surgiam na minha frente; como aquela necessidade de ficar embaixo de um cobertor, cobertor de pano, cobertor humano trazendo um calor por todo o corpo que verão nenhum pode me dar; como ver a beleza da chuva caindo e abraçar com a desculpa do medo de trovão.
Eu transformaria todo amargo em doce.
É como fingir depressão pra comer uma panela de brigadeiro e tomar um pote de sorvete sem culpa; é como mascar chiclete na aula de matemática; como comer até explodir em festa chata de família; é como brigar com o pai e receber em seguida o conforto da mãe; é como chorar e ouvir uma piada sem graça de um amigo pra animar.
Eu transformaria esse quarto numa “fábrica” de borboletas; borboletas coloridas, borboletas amigas, borboletas no estômago.
É como aquele futuro que eu planejo todos os dias com a presença de todo amor que eu sinto e de todo amado que sente comigo, pra mim e por mim.
Quando eu olho no espelho vejo o reflexo de tudo aquilo que tem mudado constantemente, sem que eu tenha tempo de descobrir como eu realmente me sinto.
Eu sou sim feliz, principalmente nas 12 horas (de preferência) do meu dia em que eu sonho sem pausa; é aí que eu fujo das outras 12 horas de revezamento entre os sonhos e os pesadelos com os rostos mais imundos que só de pensar me embrulham o estômago.
Eu sou mesmo tudo aquilo que ninguém espera dos meus verbos.
Ao invés de tristezas, eu trago alegrias guardadas que só quem vale o bastante pode perceber.
quarta-feira, 5 de março de 2008

Eu acredito nos anjos; acredito cegamente que todos nós temos anjos pra guiar nossos passos, e como diz seu próprio nome, pra nos guardar.
Eu nunca tive muita certeza, até o dia em que eu me deparei com ele, na minha frente, meu anjo da guarda; sim, ele tem cabelo loirinho e olhos azuis, ele tem asas de verdade e sabe voar perfeitamente, eu vi, eu pude voar junto e ver como tudo é mais bonito da altura que ele vê.
Ele me cuida, ele se esforça pra que eu possa sorrir todos os dias, exatamente todos os dias, ele acredita em mim, ele me guia e me mostra que o mundo não é tão difícil assim. E é comum que as pessoas desacreditem; eu tentei fechar meus olhos no início, eu não pude perceber, mas foi como uma luz, eu diria divino... eu pude entender que era tudo doçura, sempre doçura e não há mal que possa cegar por muito tempo.
Eu acredito, acredito cada vez mais no poder que ele tem.
E eu sei que foi Deus quem mandou pra mim, pra que ele pudesse curar todas as minhas dores, pra que seu sorriso tivesse a resposta pra tudo e pra que eu pudesse confiar nos seus olhos, aqueles olhos de criança.
Agora eu posso crer na pureza dos sentimentos, eu posso acreditar sem medo, por que há muito eu não me importo com o que todo o resto pode dizer sobre isso; por que é meu anjo, meu anjo da guarda e agora que ele está aqui, eu nunca mais vou ser sozinha.
Como se chama o seu anjo da guarda? O meu se chama Natália.
sábado, 1 de março de 2008
.
Foi inútil cada segundo pensando.
Agora além de não precisar disso, eu não quero mais.
Sinta-se convidado a se retirar.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
eu acredito
eu não diria sim se eu não sentisse que fosse não; é que eu tenho me sentido sem sentido, e quando eu penso que me conheço, só desconheço o que eu penso.
quando eu acredito que não sinto, quando eu sinto que não acredito, eu sinto que desacredito e desacredito que não sinto por acreditar no que você pode sentir.
eu te daria parte do meu desejo, seria o suficiente pra que eu não precisasse acreditar que o que eu sinto, eu sinto e acredito sozinha.
me deixa, como se nada importasse, como se eu não fosse nada que te fizesse bem, ou então me toma, mas toma com gosto, como aquele alcool que te toma quando você toma.
eu juro que eu seria melhor, ou seria pior se fosse melhor, já que o que piora tudo é essa sua diferença que me faz melhor.
eu daria um pedaço de mim pra que você saísse daqui, eu me daria por inteira pra que você ficasse de vez.
seria mais simples não manter expectativas se você não superasse todas elas até quando não as tenho.
eu prometo me manter aqui com a força da minha fraqueza que alimenta o meu silêncio sempre que eu preciso gritar; mas ainda assim, eu acredito...
domingo, 3 de fevereiro de 2008
(des)ocupado
Você teve cada célula, cada parte do que nunca soube ser de ninguém, você teve cada cor, cada dor, e eu seguiria seus passos, seguiria seus traços.
Eu tentei ser doce e passar dias falando da minha paixão desesperada, do meu coração (des)ocupado, e de toda a fixação, como criança com primeiro amor, o amor platônico, mas eu sou vivida, sou perdida e não sei querer com doçura; esqueço o orgulho de amar e sou apenas orgulhosa, e eu te disse o quanto eu quis, o quanto eu fiz.
sábado, 26 de janeiro de 2008
saudade
Eu sinto falta daqueles amigos de longe, daqueles de perto que conseguem estar mais longe que os do longe, das pessoas que sumiram sem deixar rastros, daquelas que passaram pela minha vida deixando apenas um “oi”, daquelas que eu não consigo falar da minha saudade, daquelas que eu não posso, daquele que foi pra o céu sem que eu pudesse me despedir, daquele que colou no meu corpo um perfume que insiste em não sair.
Eu confesso que fui boba a ponto de acreditar por muitas vezes que seria pra sempre, mas no final eu realmente sempre voltei pra casa.
E hoje eu não senti mais nada, nem amor, nem desamor, nem nada que não fosse saudade, saudade de todos aqueles amores loucos e sinceros, amor de amigo, amor de família, amor de desconhecido, amor que não existiu, amor que pouco me garante que existe, amor que tudo me garante que existe, o amor que eu nunca tive, o teu amor.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
quinta-feira
As minhas dores de cabeça deram o ar da graça hoje durante todo o dia e eu passei parte do que já foi da noite pensando no que eu vou fazer pra conseguir dormir e descansar todo esse mal-estar repleto de inutilidades já que a insônia já virou minha companheira de todas as noites.
E apesar de tudo eu (ainda) olho o celular a cada 5 minutos pra confirmar que passou mais um dia e você não me ligou. É...a sua ausência dói até mais que os meus pés.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
it's gonne be alright
Mas por mais que passem os meses, as horas, os minutos, os segundos, os lugares, as pessoas, no fim do dia os pensamentos, a saudade e as dores são sempre os mesmos.
É difícil me esconder durante todo o tempo por trás de uma capa de forte e alegre enquanto meu coração se parte cada vez mais em pedacinhos menores, coração que a maioria dos que já passaram por ele julgou ser de pedra.
Odeio terminar o dia assim e ter que assumir pra mim mesma que não é tão simples como eu pensava transformar tudo isso em museu.
Eu me pergunto se eu devo te agradecer por me mostrar que eu não era tão seca por dentro, que eu não sei apenas sentir saudades por costume e que eu posso virar uma boba de olhos de estrela e estômago cheio de borboletas, falo de sentimentos e não de simples palavras, ou se devo querer que você morra por me trazer as dores que eu temia e que não me deixam dormir.
Aquela voz rouca de sono que cantava com doçura me tortura sempre que me vejo só e eu sou obrigada a rever cada traço do seu rosto que eu observava com carinho pra nunca esquecer; eu desejo com toda força o calor daquele abraço de manhã que me fazia sentir que sou uma metade que só se completa quando seu perfume se torna meu também.
Eu me lembro de cada verso, cada palavra que me enchia de segurança e me impedia de pensar que eu podia ser sozinha outra vez, cada vez que me mostrou que ninguém mais sabia agir tão certo e entender o que cada parte de mim precisava.
E mais que te apagar de bobagens da “tecnologia”, eu preciso te apagar de mim; sumir com todos os vestígios que você deixou na minha sala, na minha roupa, nas músicas, no caminho do apartamento, na minha mente, na minha vida.
Se eu pudesse te trazer de volta, eu não o faria só pra não ter que sentir essa dor ainda maior quando o depois de você viesse novamente tomar seu lugar.
Eu não te peço mais nada, apenas que você me deixe dormir em paz, por que eu me lembro ter visto você dizer que ia ficar tudo bem.