sábado, 31 de maio de 2008
você que tanto arde
por favor não me mata,
reduz essa falta.
me deixa aqui
sem ele, sem mim.
me esquece,
me deixa viver,
não me acorda,
não recorda,
não ilude assim.
continua sem mim,
mas me deixa esquecer.
você saudade,
você que me invade
me deixa tao só,
desata esse nó
e me deixa dormir;
tanto eu tento ser feliz,
você me deixa por um triz
e eu ja não posso sorrir.
eu tenho andado descontente,
eu tenho andado tão carente,
a culpa é sua
que me deixa descrente,
me larga aqui de alma nua.
por favor vai embora,
por favor não devora
o que sobrou do coração;
tira de mim a ilusão
que eu so consigo com você.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
eu tenho cantado
canções de despedida,
mas não encontro saída
nesse escuro desalmado,
nesse seu corpo desejado,
nessa lembrança admitida;
em meio a tanta recaída
eu só me vejo em você.
criando formas de afeto,
a sua pele tão perto
só assim sei viver.
de tanto amor
me vejo perder
pra o seu desamor
que me deixa sem rumo,
me desprende de tudo
que não seja você.
quinta-feira, 22 de maio de 2008

Como tudo que eu usei,
como tudo que eu deixei
durante o caminho,
vou largando o seu carinho
que sozinha eu me dei.
Talvez eu me cure assim,
talvez eu me perca de mim
como as fotos que eu rasguei
e a mão que eu segurei
pra manter você aqui.
Tão pior que te perder
é deixar você aqui,
separar você de mim
sem você pra me deter.
Não me lembro do teu nome,
do teu sabor,
da tua cor;
Eu prometo não ceder.
E de todo aquele amor
eu meu encarrego de esquecer.
Eu joguei fora a esperança
e o coração que não se cansa
de bombear o meu querer.
Eu te guardei,
eu te beijei,
eu disse, eu disse
e disso também
não vou lembrar.
Não vou contar pra ninguém,
não vou guardar.
Obedecendo a crueldade,
abandonando a realidade,
tão triste assim,
por você e por mim
hoje eu vou te deixar.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
sangue
As vozes e as risadas pela casa, a cantoria que me impedia de dormir e o medo que a voz grave provocava;
Eu tenho sentido a ausência da doçura de sermos juntos um só e de como eram previsíveis nossas reações.
Tive medo de temer o que se tornou meu medo maior, que tudo seja esquecido e enterrado como as mágoas que eu me esforcei pra não guardar.
Me pego procurando a sensação de ouvir a firmeza das pegadas no chão;
Recordo-me de todos aqueles domingos que tentavam fazer explodir todo o amor guardado que o gosto amargo do tempo intimidou.
Eu derramaria todas as lágrimas outra vez, eu diria mais, eu abriria mão de mim pra ter aqueles domingos de volta, pra sentir aquele medo outra vez.
Era aquele clima, era aquela cor, aquelas pessoas, aquelas vozes, o seu sono da tarde, a confiança nos traços que o tempo te deu, era a sintonia de amores incondicionais que por tão poucas vezes mostraram seus rostos.
Eu não consigo tirar do dedo a aliança da cumplicidade que eu aprendi, do amor que se escondeu.
Por mais que eu tente me enganar, por mais que você finja que a falta não dói, é daquelas paredes que eu preciso pra não sentir frio.
Eu amo a ponto de sentir dor, dor maior que toda aquela que eu senti durante o nosso tempo.