sábado, 26 de janeiro de 2008

saudade

Hoje eu acordei assim, meio com sono, meio sem graça e com saudade; eu podia ficar ali a noite inteira vendo a lua, sem dormir, sem que o dia amanhecesse, por que nem as bebidas mais loucas, nem os carnavais mais incríveis tiram de mim essa imagem, vontade, essa saudade, necessidade; é solidão, é o coração, a ilusão, definitivamente perseguição.
Eu sinto falta daqueles amigos de longe, daqueles de perto que conseguem estar mais longe que os do longe, das pessoas que sumiram sem deixar rastros, daquelas que passaram pela minha vida deixando apenas um “oi”, daquelas que eu não consigo falar da minha saudade, daquelas que eu não posso, daquele que foi pra o céu sem que eu pudesse me despedir, daquele que colou no meu corpo um perfume que insiste em não sair.
Eu confesso que fui boba a ponto de acreditar por muitas vezes que seria pra sempre, mas no final eu realmente sempre voltei pra casa.
E hoje eu não senti mais nada, nem amor, nem desamor, nem nada que não fosse saudade, saudade de todos aqueles amores loucos e sinceros, amor de amigo, amor de família, amor de desconhecido, amor que não existiu, amor que pouco me garante que existe, amor que tudo me garante que existe, o amor que eu nunca tive, o teu amor.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

como um anjo caído fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

quinta-feira

Perdi todo o meu tempo já perdido entre o comércio e o shopping , longas horas de ida e volta pra fazer coisas em lugares que não me trouxeram lucro nenhum, ou trouxeram, pras pessoas que consideram dores nos pés lucro.
As minhas dores de cabeça deram o ar da graça hoje durante todo o dia e eu passei parte do que já foi da noite pensando no que eu vou fazer pra conseguir dormir e descansar todo esse mal-estar repleto de inutilidades já que a insônia já virou minha companheira de todas as noites.
E apesar de tudo eu (ainda) olho o celular a cada 5 minutos pra confirmar que passou mais um dia e você não me ligou. É...a sua ausência dói até mais que os meus pés.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

it's gonne be alright

Eu já pensei mil vezes em como começar o ano de uma forma que pudesse mudar minha vida; mas o que a mudança de um número de ano pode mudar na vida de alguém? Pra ser mais clara, na minha vida (?). Apenas decidi que preciso rever todos os amigos que abandonei mesmo sem querer, pois só eles são capazes de sempre estar aqui por mim, por que relacionamentos definitivamente não têm o direito de ocupar o lugar dos amigos que me fazem tão bem... Todos eles.
Mas por mais que passem os meses, as horas, os minutos, os segundos, os lugares, as pessoas, no fim do dia os pensamentos, a saudade e as dores são sempre os mesmos.
É difícil me esconder durante todo o tempo por trás de uma capa de forte e alegre enquanto meu coração se parte cada vez mais em pedacinhos menores, coração que a maioria dos que já passaram por ele julgou ser de pedra.
Odeio terminar o dia assim e ter que assumir pra mim mesma que não é tão simples como eu pensava transformar tudo isso em museu.
Eu me pergunto se eu devo te agradecer por me mostrar que eu não era tão seca por dentro, que eu não sei apenas sentir saudades por costume e que eu posso virar uma boba de olhos de estrela e estômago cheio de borboletas, falo de sentimentos e não de simples palavras, ou se devo querer que você morra por me trazer as dores que eu temia e que não me deixam dormir.
Aquela voz rouca de sono que cantava com doçura me tortura sempre que me vejo só e eu sou obrigada a rever cada traço do seu rosto que eu observava com carinho pra nunca esquecer; eu desejo com toda força o calor daquele abraço de manhã que me fazia sentir que sou uma metade que só se completa quando seu perfume se torna meu também.
Eu me lembro de cada verso, cada palavra que me enchia de segurança e me impedia de pensar que eu podia ser sozinha outra vez, cada vez que me mostrou que ninguém mais sabia agir tão certo e entender o que cada parte de mim precisava.
E mais que te apagar de bobagens da “tecnologia”, eu preciso te apagar de mim; sumir com todos os vestígios que você deixou na minha sala, na minha roupa, nas músicas, no caminho do apartamento, na minha mente, na minha vida.
Se eu pudesse te trazer de volta, eu não o faria só pra não ter que sentir essa dor ainda maior quando o depois de você viesse novamente tomar seu lugar.
Eu não te peço mais nada, apenas que você me deixe dormir em paz, por que eu me lembro ter visto você dizer que ia ficar tudo bem.